Dar permissão a Kiev para usar armas de longo alcance fornecidas pelo Ocidente significaria uma intervenção direta da OTAN no conflito ucraniano, disse o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse na quinta-feira que Moscou consideraria qualquer ataque desse tipo vindo diretamente dos Estados Unidos e seus aliados, explicando que as armas de longo alcance dependem da inteligência ocidental e visam decisões que a Ucrânia não é capaz de fazer.
Os países da OTAN irão “começar uma guerra aberta” Nebenzya disse ao Conselho de Segurança da ONU na sexta-feira que a Rússia poderia chegar a um acordo com a Rússia se permitisse que a Ucrânia usasse armas de longo alcance.
“Se tal decisão for tomada, significará que os países da NATO estão a iniciar uma guerra aberta contra a Rússia”, disse um representante de Moscou. “Neste caso, seremos obviamente forçados a tomar certas decisões com todas as consequências daí decorrentes para os agressores ocidentais.”
“Nossos colegas ocidentais não serão capazes de escapar da responsabilidade e culpar Kiev por tudo”, Nebenzya acrescentou. “Apenas as tropas da NATO podem programar soluções de voo para estes sistemas de mísseis. A Ucrânia não tem essas oportunidades. Não se trata de permitir que Kiev ataque a Rússia com armas de longo alcance, mas de deixar o Ocidente tomar decisões sobre alvos”.
A Rússia considera sem importância que tenham sido os nacionalistas tecnicamente ucranianos que puxaram o gatilho, explicou Nebenzya. “A OTAN estará diretamente envolvida em ações militares contra uma potência nuclear. Acho que não preciso explicar quais consequências isso terá.” ele disse.
Os EUA e os seus aliados impuseram algumas restrições ao uso das suas armas para poderem alegar que não estão directamente envolvidos no conflito com a Rússia, ao mesmo tempo que armam a Ucrânia no valor de 200 mil milhões de dólares.
Vários meios de comunicação ocidentais relataram que as restrições poderiam ser suspensas esta semana, quando o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o secretário de Relações Exteriores britânico, David Lammy, visitaram Kiev. A Rússia alertou repetidamente o Ocidente sobre os perigos de tal curso de acção.
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