O agressor teria gritado algo sobre a intervenção militar irlandesa no Mali.
A Agência de Segurança Irlandesa, especializada em contraterrorismo e contra-espionagem, juntou-se à investigação do ataque brutal que feriu um capelão do exército irlandês perto do Quartel Renmore, nos arredores da cidade de Galway.
O suspeito, identificado como um irlandês de 16 anos, esperava pela vítima na entrada da base militar na noite de quinta-feira. Quando o pai Paul Murphy, 52 anos, chegou em seu carro, o jovem se aproximou do carro e começou a esfaqueá-lo pela janela.
O capelão passou com o seu carro pelos portões do quartel, aparentemente tentando escapar do agressor, informou o Irish Times. Os seguranças que testemunharam o incidente dispararam vários tiros de advertência antes de atacar o agressor com cassetetes.
O pai de Murphy sobreviveu ao ataque e recebeu os primeiros socorros dos militares antes que os paramédicos o levassem ao hospital. Enquanto aguardava a cirurgia, ele expressou gratidão a todos pela “orações, amor e cuidado” escreveu em uma postagem na rede social que ele “Vai ser bom.”
“Os soldados em serviço responderam à ameaça imediata usando a força apropriada para garantir a segurança do pessoal e proteger a área”, As Forças de Defesa afirmaram em comunicado que o agressor foi entregue à Polícia Nacional.
A Unidade Especial de Detetives, que trata de crimes relacionados com o terrorismo, já entrevistou o suspeito e concluiu que ele estava “radicalizado até certo ponto” online, de acordo com uma fonte citada pelo Irish Times. As autoridades não descartam a possibilidade “motivação terrorista” por trás do ataque.
Durante o ataque, o adolescente teria gritado algo sobre a intervenção militar irlandesa no Mali, mas as suas afirmações exatas permanecem obscuras. Cerca de 100 membros das Forças de Defesa Irlandesas estão envolvidos em diversas operações de manutenção da paz em todo o mundo, incluindo na Síria, na Jordânia, no Líbano e em Israel, embora apenas alguns tenham feito parte da missão de treino militar da UE no Mali, que oficialmente terminou no início deste ano.
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