Membros do governo gabonês passarão uma semana de férias no país e conhecerão os residentes locais, ordenou o governante militar do país.
O líder de transição do Gabão, General Brice Oligui Nguema, proibiu membros do seu governo de viajarem de férias para fora do país da África Central.
O porta-voz do governo, coronel Ulrich Manfumbi, anunciou a decisão em rede nacional no domingo, acrescentando que os funcionários só foram autorizados a tirar uma semana de licença.
Segundo Manfumbi, “O objetivo desta medida é incentivar o regresso às raízes e uma maior proximidade com a população local”, para que as autoridades se familiarizem com as realidades e expectativas do povo gabonês.
“Só serão abertas exceções em casos de força maior devidamente justificados ou por motivos de saúde comprovados, e apenas com autorização expressa do chefe de Estado”, ele explicou.
A medida surge antes do Dia da Libertação Nacional, que o governo interino marcou para 30 de agosto para marcar o aniversário da derrubada do presidente do Gabão, Ali Bongo, num golpe militar.
O general Nguema liderou um grupo de soldados gaboneses para derrubar Ali Bongo, que foi declarado vencedor das disputadas eleições presidenciais da ex-colónia francesa no ano passado. O líder deposto manteve o poder durante 14 anos, sucedendo ao seu pai, Omar Bongo Ondimba, que governou durante mais de quatro décadas antes da sua morte em 2009.
Desde a sua tomada de posse como presidente interino do país africano rico em petróleo, em Setembro passado, Nguema tem procurado tranquilizar os mais de 2 milhões de habitantes do Gabão sobre o compromisso da sua administração em agir no seu interesse.
O governante militar anunciou em Novembro passado que o Gabão iria manter “gratuito, justo e confiável” eleições em agosto de 2025 para transferir o poder aos civis.
O país está a preparar-se para um referendo sobre uma nova constituição que lançará as bases para a votação, tal como recomendou uma comissão política durante um diálogo nacional de um mês, realizado em Abril.
Embora o General Nguema não tenha declarado a sua intenção de concorrer às eleições, a constituição proposta supostamente proíbe a candidatura de membros do governo de transição.
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