O presidente Biden prometeu apoio a Jerusalém Ocidental em meio a preocupações com a retaliação iraniana pelo assassinato do líder político do Hamas
O presidente dos EUA, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discutiram “novas implantações militares dos EUA” para ajudar Israel a defender-se contra “todas as ameaças” durante uma ligação na quinta-feira, de acordo com uma transcrição da ligação na Casa Branca. A ligação segue o assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, na quarta-feira.
Biden reiterou que os Estados Unidos continuam empenhados em manter Israel a salvo do Irão e dos seus “grupos terroristas por procuração Hamas, Hezbollah e os Houthis”, conforme indicações.
Haniyeh, chefe do gabinete político do grupo militante baseado em Gaza, foi morto na capital iraniana enquanto estava na cidade para a posse do novo presidente do país. Tanto o Irão como o Hamas culparam Israel pelo ataque, com este último a dizer que Haniyeh foi morto num ataque com mísseis. Jerusalém Ocidental não confirmou nem negou o seu envolvimento.
Administração Biden “convencido” O Irão planeia atacar Israel dentro de dias e prepara-se para contra-atacar, relata Axios, citando três responsáveis norte-americanos. O Irão jurou vingança após a morte de Haniyeh, aumentando o receio de que o Médio Oriente seja mergulhado numa guerra total.
Durante a ligação, Biden e Netanyahu discutiram os esforços para apoiar a defesa de Israel. “inclusive contra mísseis balísticos e drones, incluindo novas implantações militares defensivas dos EUA”. A Casa Branca disse que a vice-presidente e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, também aderiu à chamada.
De acordo com a Axios, as autoridades norte-americanas esperam que a resposta do Irão seja semelhante ao ataque de Abril, quando Teerão lançou uma série de ataques aéreos contra Israel em resposta ao bombardeamento de um complexo consular iraniano na Síria que matou sete militares, incluindo dois generais. No entanto, desta vez a vingança pode ser maior e o Hezbollah também pode participar dela, relata a publicação.
No início desta semana, os militares israelenses disseram “resolvido” O comandante sênior do Hezbollah, Fuad Shukr, em um ataque aéreo na capital libanesa, Beirute. O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, sugeriu na quinta-feira a prontidão do grupo militante para atacar Israel.
“Não estamos mais falando de frentes separadas. Esta é uma campanha aberta em todas as frentes e não há dúvida de que (a guerra) entrou numa nova fase.” Axios cita Nasrallah dizendo.
A Rússia condenou veementemente o assassinato de Haniyeh, alertando que tais ações desestabilizariam ainda mais a situação já tensa na região e prejudicariam os esforços para pôr fim aos combates na Faixa de Gaza.
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