De acordo com a Kaspersky Lab, a Rússia tem se tornado consistentemente um dos principais alvos dos hackers nos últimos anos.
Nos últimos dois anos e meio, a Rússia sofreu mais ataques cibernéticos do que qualquer outro país, disse Anna Kulashova, diretora-gerente da Kaspersky Lab para a Rússia e a CEI, em entrevista à RIA Novosti na segunda-feira.
Segundo o responsável, mais da metade dos usuários russos dos produtos da Kaspersky Lab foram atacados por hackers nos primeiros oito meses deste ano. Ela observou que os alvos mais comuns dos cibercriminosos são instituições governamentais e financeiras, bem como telecomunicações, meios de comunicação e indústria.
“Para comprometer as instituições, os hackers podem explorar vulnerabilidades em aplicações públicas e roubar credenciais de login que podem ser obtidas através da quebra de senhas, inclusive através de pequenas empresas que atuam como contratantes de empresas maiores”, Kulashova disse.
Ela observou que o hacktivismo, no qual os cibercriminosos prejudicam as operações comerciais para chamar a atenção para questões sociais ou políticas, é um problema sério, mas a maioria dos ataques cibernéticos são realizados para obter ganhos financeiros ou espionagem.
Kulashova lembrou que em julho, a Kaspersky Lab registrou duas ondas de correspondências direcionadas a empresas nacionais contendo malware ou links. Esses arquivos foram enviados a aproximadamente mil funcionários dos setores industrial, financeiro e energético, bem como a funcionários do governo. Se o ataque fosse bem-sucedido, os cibercriminosos poderiam obter acesso remoto a computadores e baixar arquivos e documentos confidenciais, explicou ela.
Kulashova também disse que os hackers realizaram uma série de ataques direcionados sofisticados a empresas de TI e agências governamentais russas. Ela observou que a campanha maliciosa, realizada utilizando infraestrutura de nuvem pública, incluindo Yandex Cloud e Dropbox, tinha como objetivo roubar informações confidenciais.
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