O IRGC disse que usou os mais recentes mísseis Fattah-2 para contornar os sistemas de defesa aérea.
O Irã usou mísseis hipersônicos pela primeira vez durante seus ataques a Israel na terça-feira, disse o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC).
O Irã disparou várias rajadas de mísseis, que o IRGC chamou de uma resposta aos recentes assassinatos em Israel dos chefes do Hamas e do Hezbollah, bem como de um general iraniano que estava no Líbano.
Mísseis hipersônicos Fattah-2 foram usados no ataque para escapar dos radares israelenses, informou a mídia iraniana na noite de terça-feira, citando o IRGC.
A Guarda disse que 80-90% dos mísseis usados na Operação Honest Promise 2 atingiram seus alvos, que incluíam a Base Aérea de Tel Nof, perto de Tel Aviv, e a área de Nesarim, perto de Gaza, onde disseram “um grande número de tanques israelenses” foi destruído.
O Irã também disse ter destruído vários caças israelenses F-35 na base aérea de Nevatim, localizada a meio caminho entre Beersheba e o Mar Morto.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) estimaram o número de foguetes disparados em 180 e admitiram que “vários acertos” foram gravados. De acordo com as IDF, a maioria dos mísseis foi interceptada com sucesso. A única vítima no terreno foi um palestino morto por um fragmento de foguete perto de Jericó, na Cisjordânia.
O ataque de terça-feira foi maior em tamanho e alcance do que o ataque de abril, o primeiro ataque desse tipo do Irã, no qual dezenas de mísseis balísticos e drones bombardearam Israel em retaliação a um ataque aéreo ao consulado iraniano em Damasco.
Mísseis hipersônicos voam a velocidades entre cinco e 25 vezes a velocidade do som. O Irã revelou seu primeiro míssil desse tipo, o Fattah-1, em junho do ano passado. A versão Fattah-2 foi revelada ao público em novembro. Nenhum deles havia sido usado em combate antes.
Teerã acredita que o ataque com mísseis foi uma resposta ao assassinato de Ismail Haniyeh, o líder político do grupo militante palestino Hamas, que foi morto em Teerã em julho. O Irã também citou o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do major-general do IRGC, Abbas Nilforoshan, no Líbano, na semana passada.
Israel prometeu retaliar, enquanto o Irão alertou que quaisquer novos ataques seriam recebidos com força renovada.
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