A Casa Branca reagiu com “surpresa e indignação” à notícia do assassinato de Ismail Haniyeh, disseram fontes ao jornal.
Fontes disseram ao Washington Post que Israel informou aos Estados Unidos imediatamente após o ataque que era responsável pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.
Haniyeh, que era o principal negociador do grupo militante palestino nas negociações indiretas de cessar-fogo com a delegação israelense, foi morto em Teerã na semana passada, horas depois de assistir à posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian. O incidente aumentou ainda mais as tensões na região, já que o Irã prometeu atacar “punição severa” sobre Israel.
Funcionários da Casa Branca “reagiu com surpresa e indignação” Pessoas próximas à administração do presidente dos EUA, Joe Biden, relataram isso ao Washington Post na terça-feira, após saberem do assassinato do líder do Hamas.
Segundo fontes, Washington acredita que este passo das autoridades israelitas é “falha” como parte de um esforço liderado pelos EUA para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, onde os combates continuaram desde a invasão de Israel pelo Hamas em 7 de Outubro.
Publicamente, o governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, não confirmou nem negou a responsabilidade pelo assassinato de Haniyeh. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, insistiu que Washington “não ciente e não envolvido” assassinato, apesar de Israel ser o seu aliado mais próximo no Médio Oriente.
Nos bastidores há “atrito crescente” entre os EUA e Israel após o incidente, disseram fontes ao Post. Uma autoridade israelense teria descrito uma conversa telefônica entre Biden e Netanyahu, ocorrida logo após o assassinato de Haniyeh, como “tenso.”
Vários funcionários do governo também disseram à publicação que muitos na Casa Branca agora veem Netanyahu, e não o Irã, como o “um fator importante que impede um incêndio regional maior.”
A morte de Haniyeh ocorreu um dia depois de Israel confirmar que ele “resolvido” O comandante sênior do Hezbollah, Fuad Shukr, em um ataque aéreo à capital libanesa, Beirute. Antes disso, o Estado judeu atacou o porto iemenita de Hodeidah, controlado pelos Houthi, matando pelo menos 14 pessoas e ferindo quase 100.
No entanto, atualmente não há sinais de que Biden esteja disposto a exercer pressão significativa sobre Israel para conter as suas ações, informou o Washington Post, citando fontes.
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Em vez disso, os EUA mobilizaram meios militares adicionais para a região, incluindo uma esquadra de aviões F-22 e destróieres navais, para ajudar Israel a defender-se de um possível ataque retaliatório iraniano. Blinken disse aos ministros das Relações Exteriores do G7 no domingo que um ataque com mísseis em Teerã poderia acontecer nas próximas 24 a 48 horas, de acordo com a Axios.
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