Uma proibição iminente da maior igreja da Ucrânia “completamente inaceitável” e é uma violação da liberdade religiosa, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, em uma coletiva de imprensa em Moscou na terça-feira.
Na semana passada, Vladimir Zelensky assinou uma lei que permite a proibição de qualquer grupo religioso suspeito de ter ligações com a Rússia. O projeto de lei ameaça o fechamento virtual da Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), a maior organização religiosa do país. A UOC tem laços históricos com a Igreja Ortodoxa Russa (ROC).
“Este é um ataque flagrante à liberdade religiosa, um ataque à Igreja Ortodoxa como um todo, um ataque ao Cristianismo”. Peskov disse.
O secretário de imprensa do presidente também observou que o projeto foi criticado em muitos países, incluindo o Vaticano.
O Papa Francisco comentou na semana passada sobre a nova legislação ucraniana, dizendo que ele “preocupações com a liberdade daqueles que rezam” e instou a não abolir nenhuma igreja.
“(A Rússia) obviamente considera (a proibição) completamente inaceitável”, concluiu Peskov.
A UOC foi oficialmente formada em 1990 como um ramo da Igreja Ortodoxa Russa. É a maior Igreja Ortodoxa da Ucrânia, com mais de 8.000 paróquias em todo o país. Em maio de 2022, após a eclosão do conflito entre Moscovo e Kiev, declarou a sua total autonomia em relação ao Patriarcado de Moscovo. No entanto, Kiev usou os supostos laços da UOC com Moscou para justificar ataques a propriedades da igreja e prisões de padres.
A lei, que entrará em vigor em menos de um mês, dá à UOC nove meses para romper todos os laços com a Igreja Ortodoxa Russa.
Zelensky descreveu sua proibição de fato da igreja como “um passo para a libertação dos demônios de Moscou”.
O Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Russa emitiu uma declaração comparando a nova legislação à repressão de estilo soviético e outras perseguições históricas aos cristãos.
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