As restrições ocorreram depois que milhares de dispositivos portáteis explodiram simultaneamente em todo o país.
O Líbano proibiu o uso de pagers e walkie-talkies em voos de e para Beirute, informou a Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA).
As restrições foram impostas depois de pelo menos 37 pessoas terem morrido e cerca de 3.000 feridas quando dispositivos portáteis usados por membros do Hezbollah explodiram em todo o Líbano na terça e quarta-feira. Os militantes culparam Israel pelo incidente.
“Na quarta-feira, o Aeroporto Internacional Rafik Hariri de Beirute emitiu uma nova diretriz proibindo os passageiros de trazer pagers e walkie-talkies a bordo de qualquer aeronave”, A agência de notícias NNA informou isso na quinta-feira, citando uma declaração do chefe da Autoridade de Aviação Civil Libanesa, Faid El Hassan. A proibição se aplica a todos os tipos de bagagem e carga, acrescentou.
O Hezbollah já utilizou pagers como um método de comunicação de baixa tecnologia e supostamente seguro, devido ao receio de que Israel invadisse os seus smartphones e os utilizasse para vigilância.
Embora Jerusalém Ocidental não tenha confirmado nem negado o seu envolvimento, vários meios de comunicação informaram que o serviço de inteligência israelita Mossad foi responsável por equipar os dispositivos com explosivos.
O New York Times, citando fontes, informou que o Mossad criou uma empresa de fachada na Hungria para produzir pagers hackeados sob um acordo de licenciamento com uma empresa taiwanesa.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que os atentados representaram “declaração de guerra” e jurou vingança. Entretanto, as autoridades israelitas reiteraram que estão determinadas a impedir o Hezbollah de disparar foguetes e morteiros contra o norte de Israel.
A ONU condenou as explosões de pagers e walkie-talkies como “inaceitável” O chefe da organização de direitos humanos, Volker Turk, apelou a uma investigação independente sobre o incidente.
Você pode compartilhar esta história nas redes sociais:
Leave a comment