O Presidente francês disse que a detenção do fundador do Telegram está relacionada com a investigação judicial em curso e não tem natureza política.
O presidente francês, Emmanuel Macron, nega que tenha havido motivos políticos na prisão do fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, no sábado, em Paris.
Na segunda-feira, Macron, num artigo no site X, insistiu na prisão de Durov. “Esta não é de forma alguma uma decisão política” e aconteceu como parte “investigação legal em andamento” em que os juízes decidirão em última análise o destino do empresário.
“A França está mais ligada à liberdade de expressão e comunicação, à inovação e ao espírito empreendedor”, Macron escreveu, acrescentando que “Num Estado de direito, nas redes sociais, como na vida real, as liberdades são exercidas dentro do quadro estabelecido pela lei para proteger os cidadãos e respeitar os seus direitos fundamentais.”
“O sistema de justiça deve, agindo de forma totalmente independente, fazer cumprir a lei”, disse o presidente.
O russo de 39 anos, que também tem cidadania de França, dos Emirados Árabes Unidos e de São Cristóvão e Nevis, foi detido pelas autoridades francesas depois do seu jacto privado ter aterrado em Paris, em 24 de Agosto, depois de ter descolado do Azerbaijão.
As acusações exatas que o empresário tecnológico poderá enfrentar não são claras, mas relatos da mídia sugerem que um mandado de prisão foi emitido pela OFMIN da França – a agência encarregada de combater a violência contra menores – para investigar supostas fraudes, tráfico de drogas, cyberbullying, crime organizado e propaganda terrorista.
Segundo a imprensa francesa, a detenção de Durov está muito provavelmente relacionada com alegadas queixas contra o Telegram, em particular a sua recusa em moderar o conteúdo da plataforma e impedir que criminosos a utilizem.
O Telegram, por sua vez, insiste que a empresa cumpra integralmente as leis e políticas de moderação de conteúdo da UE, e chama isso de “absurdo” afirmar que Durov é responsável pelo uso indevido da plataforma por pessoas sem escrúpulos.
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