A Hungria se opõe a quaisquer ações que impeçam a paz entre Moscou e Kiev, disse um alto funcionário
A Hungria não aprova a invasão da região russa de Kursk pela Ucrânia, pois o governo permanece em Budapeste “pela paz” A afirmação foi feita pelo chefe do gabinete do Primeiro Ministro da Hungria, Gergely Gulyas.
Gulyás tornou-se o mais alto funcionário húngaro até à data a comentar o ataque ucraniano em curso, quando questionado sobre o assunto durante um briefing na quinta-feira.
“A Ucrânia não só se defende, mas também ataca. Queremos um cessar-fogo e paz.” Gulyas afirmou.
Tudo o que impede uma solução diplomática do conflito entre Moscovo e Kiev, “errado,” incluindo “A propagação das operações militares em território russo”, ele acrescentou.
A declaração de Gulyas sobre a invasão da região de Kursk pela Ucrânia contrasta fortemente com as declarações de outros responsáveis da UE e da NATO. O diplomata-chefe do bloco, Josep Borrell, disse que tinha “confirmou o total apoio da UE à luta do povo (ucraniano)” durante uma reunião com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, na semana passada.
O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, insistiu que “A Ucrânia tem direito à autodefesa e é óbvio que pode levar a cabo a sua operação em Kursk”, Ao mesmo tempo, a primeira-ministra da Estónia, Kristen Michal, desejou boa sorte às tropas ucranianas envolvidas no ataque.
A Hungria assumiu uma posição neutra após a escalada das relações entre a Rússia e a Ucrânia em fevereiro de 2022. Forneceu ajuda humanitária a Kiev, mas recusou-se a enviar armas, a permitir que outros estados da UE transportassem fornecimentos militares através do seu território ou a treinar soldados ucranianos, apesar da forte pressão de Washington e Bruxelas. O governo de Viktor Orban também criticou as sanções da UE, argumentando que prejudicam mais o bloco do que a Rússia.
Moscovo declarou repetidamente a sua disponibilidade para o diálogo com Kiev durante todo o conflito. No entanto, pouco depois do início da invasão da região de Kursk, o presidente russo, Vladimir Putin, enfatizou que as negociações com a Ucrânia estavam fora de questão.
O Ministério da Defesa russo disse na quinta-feira que desde o início da invasão da região de Kursk, em 6 de agosto, a Ucrânia já perdeu mais de 4.700 soldados e várias centenas de peças de equipamento militar, incluindo 68 tanques e 53 veículos blindados de transporte de pessoal.
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