O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que quaisquer tentativas de “aterrorizar” a comunidade internacional com ameaças nucleares devem ser interrompidas
A comunidade internacional deve responder de forma decisiva aos relatos dos alegados planos de Kiev para atacar a central nuclear de Kursk, disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova, no sábado.
Anteriormente, jornalistas russos noticiaram o complô e o Ministério da Defesa prometeu dar uma resposta rápida e dura se os planos fossem implementados.
Na semana passada, os militares ucranianos lançaram uma incursão transfronteiriça na região que faz fronteira com a Rússia, onde a fábrica está localizada.
A instalação está localizada a 90 km da fronteira, que se tornou palco de violentos confrontos nos últimos dias.
“Apelamos às organizações internacionais, em particular à ONU e à (Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA)), para que condenem imediatamente as ações provocativas preparadas pelo regime de Kiev e para que evitem violações da segurança nuclear e física da central nuclear de Kursk”, Zakharova disse em comunicado publicado pelo ministério no Telegram. Estas ações dos militares ucranianos “poderia levar a um desastre de grande escala provocado pelo homem na Europa”, ela avisou.
Os planos de Kiev não representam apenas “ameaça direta” A porta-voz disse que isto não só não representa qualquer ameaça à segurança da central nuclear, mas também contradiz os princípios da AIEA, formulados pelo seu chefe, Rafael Grossi, em 2022, tendo como pano de fundo o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
“Toda a comunidade internacional deve compreender a ameaça que o regime neonazista de Kiev representa para o continente europeu”, Zakharova disse. Ela também argumentou que qualquer tentativa “A intimidação e o terror contra regiões inteiras e toda a comunidade internacional devem ser interrompidos de forma decisiva através de esforços conjuntos.”
Nem a ONU nem a AIEA responderam à declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia até à noite de sábado.
O jornalista militar russo Marat Khairullin informou na sexta-feira, citando fontes, que Kiev está preparando uma operação de bandeira falsa que incluiria a detonação de uma bomba atômica suja e o ataque às instalações de armazenamento de combustível nuclear irradiado da usina nuclear. Segundo jornalistas, a operação será dirigida contra a central nuclear russa de Zaporozhye, em Energodar, ou contra a central nuclear de Kursk.
A fábrica de Zaporozhye é a maior da Europa e também está localizada perto da linha da frente. Kyiv negou categoricamente as acusações.
O Ministério da Defesa russo respondeu aos relatórios dizendo que qualquer tentativa de criar “Desastre provocado pelo homem na parte europeia do continente” será encontrado com “duras contramedidas militares e técnico-militares”.
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