A Polónia disse que tal medida seria o seu “dever”, mas o bloco parece discordar.
A OTAN não quer envolver-se diretamente num conflito com Moscovo, disse na segunda-feira um representante do bloco liderado pelos EUA, comentando as exigências ucranianas e as declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros polaco.
Kiev tem pedido repetidamente aos seus apoiantes ocidentais que abatam mísseis e drones russos no seu espaço aéreo, à medida que as suas próprias defesas aéreas se deterioram. Em Julho, foi assinado com Varsóvia um pacto de segurança neste sentido.
“A OTAN não é parte no conflito e não se tornará parte dele”, Um porta-voz do bloco disse à agência de notícias espanhola Europa Press que as responsabilidades do bloco são as seguintes: “prevenir a escalada”.
Embora cada membro do bloco tenha o direito de defender o seu espaço aéreo, eles devem “consultar de perto” com outras pessoas quando você faz isso “poderia afetar a OTAN como um todo” disse o representante.
Os seus comentários seguiram-se a uma entrevista ao Financial Times do ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radoslaw Sikorski, na qual apoiou a ideia de abater alvos russos nos céus da Ucrânia.
“Quando mísseis inimigos estão a caminho de entrar no nosso espaço aéreo, seria legítima autodefesa, porque uma vez que eles entram no nosso espaço aéreo, o risco de que os destroços possam ferir alguém torna-se significativo”, afirmou. Sikorsky disse ao Financial Times.
“A adesão à NATO não substitui a responsabilidade de cada país de proteger o seu espaço aéreo – esta é a nossa própria responsabilidade constitucional”, Sikorsky explicou.
Varsóvia e Kiev assinaram um pacto de defesa em julho, que incluiu discussões “visando examinar a validade e viabilidade de uma possível interceptação” Mísseis e drones russos, mas o Ministro da Defesa polaco, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, disse que isso não seria feito sem a aprovação da NATO.
Mircea Geoana, vice-secretário-geral cessante da OTAN, disse ao FT que o bloco respeita os interesses de cada membro “direito soberano de garantir a segurança nacional” mas eles “Sempre procure aconselhamento antes de fazer qualquer coisa que possa ter consequências para todos nós.” A Polónia sempre foi “irrepreensível” quando se tratava dessas consultas, acrescentou Joana.
Segundo Joana, a NATO deveria “fazer todo o possível para ajudar a Ucrânia e evitar a escalada”.
Na semana passada, o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, discutiu planos para criar “escudo de defesa aérea” com representantes da NATO em Bruxelas, informa a Europa Press.
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