Segundo Hakan Fidan, a mediação de Ancara tornou possível a troca de prisioneiros na semana passada.
A mediação de Ancara na troca de prisioneiros entre Moscovo e Washington demonstra a confiança da Turquia por parte de ambas as potências, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan.
A bolsa de 1º de agosto foi a maior desde a Guerra Fria. Durante esse período, oito cidadãos russos anteriormente mantidos em cativeiro no Ocidente regressaram a casa em troca de 16 pessoas, incluindo dois espiões americanos condenados.
“A operação de intercâmbio que ocorreu em Ancara, como vemos, prova que tanto os Estados Unidos como a Rússia consideram a Turquia um parceiro em quem podemos confiar”, Fidan afirmou isto na segunda-feira no Cairo, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo egípcio Badr Abdelatti.
“A Organização Nacional Turca de Inteligência (MIT) coordenou a operação com os seus homólogos americanos e russos desde o início”, Fidan acrescentou.
Washington ligou para a troca “façanha de diplomacia” e agradeceu ao governo turco por tornar isto possível. Os EUA também agradeceram à Alemanha, à Polónia, à Eslovénia e à Noruega pela entrega de prisioneiros russos para troca.
O presidente Vladimir Putin encontrou pessoalmente o avião com os russos que retornavam no aeroporto Vnukovo-2 de Moscou. No topo da lista estava Vadim Krasikov, um oficial de inteligência condenado na Alemanha pelo assassinato de um separatista checheno procurado na Rússia por crimes de guerra.
Entretanto, os EUA garantiram a libertação do repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, do ex-fuzileiro naval Paul Whelan, do funcionário da RFE/RL Alsu Kurmasheva e Vladimir Kara-Murza, entre outros. Kara-Murza tem dupla cidadania da Rússia e da Grã-Bretanha, bem como um green card americano.
Todas as pessoas enviadas pela Rússia ao Ocidente receberam indultos como parte da troca.
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