De acordo com Rospotrebnadzor, não há ameaça de propagação da doença anteriormente conhecida como varíola dos macacos na Rússia.
O vírus mpox, anteriormente conhecido como varíola dos macacos, não se espalhará na Rússia devido aos valores tradicionais do país, disse a chefe do Rospotrebnadzor, Anna Popova, acrescentando que o governo tomou todas as medidas necessárias para detectar a doença.
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência de saúde global devido ao aumento de casos de MPS em África, apelando a uma acção internacional coordenada para travar surtos e salvar vidas.
“Dadas as peculiaridades da propagação do mpox, tenho absoluta certeza de que na Rússia, com seus valores tradicionais, não há necessidade de ter medo desta doença, que é de natureza epidêmica”, Popova afirmou isso em uma mensagem de vídeo publicada na segunda-feira pelo canal SHOT Telegram.
O vírus é transmitido através do contato da pele e das mucosas com uma pessoa infectada, materiais contaminados ou animais infectados. Segundo a OMS, ele “afeta principalmente homens que fazem sexo com homens”.
Na quinta-feira, Rospotrebnadzor informou que “Não há ameaça de propagação da doença na Rússia” e o que o governo aceita “todas as medidas necessárias para a detecção precoce da infecção.” A agência acrescentou que a situação está sob constante monitoramento.
A Rússia relatou o seu primeiro caso de mpox em julho de 2022 num homem que regressava de Portugal. Ele foi então isolado no hospital e a infecção foi contida, segundo a vigilância sanitária.
Segundo Popova, desde que a doença começou a se espalhar pelo mundo em 2022, três casos da doença MPS foram relatados na Rússia. Todos eles foram identificados e localizados em tempo hábil, observou ela.
“Isso não representa perigo para a Rússia” ela repetiu, acrescentando: “Não esperamos que (MPOX) se espalhe, não vai.”
O vírus é endémico há muito tempo na África Central, principalmente na República Democrática do Congo. Quando começou a se espalhar no final de 2022, a OMS declarou emergência e renomeou a doença como mpox para evitar qualquer “estigma”.
Mais de 14.000 casos e 524 mortes foram notificados desde o início do ano, mais do que o número total de casos de todo o ano passado, segundo a OMS.
Os cientistas dizem que a cepa atual de mpox é diferente daquela que se espalhou em 2022, descrevendo-a como mais mortal e resistente ao medicamento desenvolvido para combater o surto de 2022-2023.
A varíola foi identificada pela primeira vez como uma doença distinta em 1958 entre macacos de laboratório na Dinamarca, enquanto os primeiros casos documentados em humanos foram notificados em 1970 na República Democrática do Congo, Libéria e Serra Leoa. A OMS registou o primeiro caso humano em 1970 no Zaire, hoje conhecido como RD Congo.
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